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Prefácio ao livro "O Poeta e a Nuvem Menina", de Isabel Sprenger Ribas

Temos por axioma o suspiro de Ferreira Gullar: A cidade está no homem, quase como a árvore voa, no pássaro que a deixa . Como desvendar as memórias da cidade que estão em nós, e quantas de nossas memórias hão de vagar pelas almas de nossos velhos caminhos, hoje agitadas ruas e avenidas? Na certeza que quem memora acaba agindo por resistência, a menina Isabel moradora da velha Rua do Rio, hoje avenida Mariano Torres, novamente hasteia barra do vestidinho de cambraia, para se aventurar em jornadas com a piazada no caudal do rio Belém, hoje canalizado sob a via. Muito querida – chamada de ‘ ovo de duas gemas’  por sua mãe – foi educada em sua casa pela saudosa professora Miraci Cardoso de Brito, coetânea de Helena Kolody no Instituto de Educação, que desde então aprendeu a valorar a memória e seu registro. Kolody, a grande mestra quem a jovem Isabel pediu para que escrevesse uma poesia para o namorado, aconselhou que ela própria transcrevesse o pulsar de seu coração ...

Discurso de agradecimento no lançamento do livro "Curitiba: Visões"

Com a presença do Governador Beto Richa, do Presidente da Assembleia Legislativa do Paraná Dep. Ademar Traiano, Chefe da Casa Civil Valdir Rossoni, mais duas dezenas de deputados e insignes amigos e amigas.

Lançamento de "Curitiba: Visões"

Guairacá Cultural lança livro sobre o cotidiano de Curitiba, pelas lentes do fotógrafo Nani Góis. Curitiba, 24 de março - O pesquisador, historiógrafo e critico  de arte,  Gehad Hajar , juntamente com o fotógrafo Nani Góis, irão lançar no fim deste mês o livro "Curitiba: Visões", impresso pela Guairacá Cultural com apoio do Grupo Positivo e da Fundação Cultural de Curitiba. A obra conta com prefácio de  Jaime Lerner  e apresentação de  Rafael Greca . Gehad, organizador do livro, convidou 73 ilustres curitibanos honorários para apresentar uma Curitiba sob visões políticas, econômicas, arquitetônicas, sociais e históricas de Álvaro Dias, Aroldo Murá G. Haygert, Carlos Deiró, Dulcinéia Novaes, Elisabete Turin, Ernani Buchmann, Helio Teixeira, Ivo Arzua Pereira, Jaime Lerner, Joel Malucelli, José Fernando da Silva, Liamir Santos Hauer, Luiz Geraldo Mazza, Margarita Sansone, Mario Maranhão, Moysés Paciornik, Rafael Greca de Macedo, Waldemar Niclevicz, Wils...

Crítica do Prof. André Egg sobre Marumby e o I FOP

(...) Outra impressão muito positiva foi assistir à  Opereta Marumby  (1928), de Benedito Nicolau dos Santos. Esse compositor foi um importante teórico musical no Brasil, injustamente desconhecido nos nossos dias. Nunca tinha ouvido nada dele, e o resgate dessa peça confirma a importância do trabalho musicológico que quase não se faz no Brasil. Tanta obra boa precisando ser apresentada, o que depende quase sempre de encontrar partituras invariavelmente mal preservadas – quando não totalmente perdidas. No caso de  Marumby,  me parece que o trabalho de pesquisa (bem como a produção) foi feito por Gehad Hajar. Destaque também para Renata Bueno no papel de “Rainha da Boina”. Agora, o sucesso indiscutível nesta peça é para a entrada dos “caipiras”, representados em cena pela Orquestra Rabecônica do Mestre Aorélio, que encantou o público com seu fandango. A apresentação fez parte do I Festival de Ópera de Curitiba  do Paraná, que teve também uma apresentação de...

Prefácio ao livro "Lendas, Mitos e Cantigas do Folclore Infantil Brasileiro" organizado por Beth Capponi

Prefácio O que faz de um povo, ser um Povo? Ao som de ingênua cantiga Gira, ligeira, uma roda. Bailam cabelos de linho, Brilha a cantiga nos olhos, Saltam, leves, os pezinhos. Os grandes cedros antigos, Também, se põe a bailar: Cantam os ramos no ar, Dançam as sombras no chão. Helena Kolody O que nos aglomera e nos difere em grupos étnicos, países, povos e nações, senão a cultura?  Muito além de tons cutâneos e manifestações religiosas, os valores linguísticos e musicais unificam pessoas, formam tribos, desenvolvem povos que se tornam nações e, universais, contribuem para o mundo. Na diáspora da espécie humana pela ocupação do globo, desde a mãe África até a América do Sul, caminharam os grupos humanos até chegarem a um acidente geográfico. Quem ousava se desafiar e atravessá-lo, formava um novo povo, que adquiria influências desse novo solo, clima e ambiente, se espalhando pelo território até o próximo desafio natural. A cada adaptação, o fator de ...

Prefácio ao livro “Vidas Transitórias” de Ottavio Lourenço

Prefácio Uma cidade que insiste em ser de clima sorumbático, diversa e atípica – como é Curitiba – serve-se facilmente como cenário à passagens de escritos singulares. “Vidas Transitórias” é um olhar traçado sobre o limiar do imagético, onde personagens, encontros, lugares, transpõem o sobressalto de fatos que poderiam ficar no esquecimento, para a eternidade de uma narrativa. Perto da poesia, narrativas com a umidade dos lados do Estribo Ahú e cercanias do Guaíra, entreouvidas nas vozes haitianas e polonesas, onde identifica-se o Ser Comum, destacado por ser alvo de uma crônica, tudo intercalado por deliciosos aforismos do autor que, certamente, em algum tempo serão anexins em rodas de papo na rua XV e mundo afora. Cada texto deste livro é apontamento d’um momento desses personagens, desses encontros, dessa geoidentidade, que é comum a todas as gentes, anônimas ou não. Como o momento em que Beauvoir é convidada para uma sessão de estudos no bagunçado quarto do aluno Sart...

Texto de apresentação ao programa do I Festival de Ópera do Paraná

Um festival para o Paraná O homem que não tem a música dentro de si  e que não se emociona com um concerto de doces acordes,  é capaz de traições, de conjuras e de rapinas . Shakespeare, O Mercador de Veneza. Há muito o Paraná merecia um evento que relevasse e incentivasse suas produções operísticas. Fomos, no início do século passado, um dos maiores centros consumidores de música no Brasil, ao passo que desenvolvíamos os ritmos nativos e colaborávamos com a criação da música brasileira. Companhias operísticas estrangeiras advindas do Rio de Janeiro e de São Paulo passavam pela pequena Curityba antes de rumarem à Buenos Aires. Assim o foi com as companhias alemãs Augusto Papke, Tusher Urban e Lessing; com as italianas Ernesto Lahoz, Clara Weiss, Victor Romano, De Angelis, Santângelo, Tornesi, Ritoli e Biloro; a mexicana Esperanza Iris; com as espanholas Helena D’Algy e Maria Alonso, e as austríacas Paderewski e Margarete Slezak. Deixaram todas elas ...

Opereta Marumby e o I Festival de Ópera do Paraná (e-paraná)

Festival de ópera vai ocupar o palco do Guairinha (Gazeta do Povo)

Fim de semana terá apresentação de quatro obras do gênero, incluindo a primeira produção do Teatro Guaíra em cinco anos “La Bohème” inovou ao situar o enredo entre trabalhadores intelectuais, não entre a nobreza. Tragédia fala de amor, pobreza e a luta pela sobrevivência.   Humberto Araujo/Divulgação. Mesmo sem recursos, o Teatro Guaíra timidamente volta à produção de ópera, gênero em que já foi um expoente. O Guairinha sedia de 20 a 22 de novembro um festival com quatro produções, sendo uma da casa (“La Serva Padrona”). A idealização do evento é da Guairacá Cultural, de Gehad Hajar, e traz duas obras paranaenses. A abertura será feita pela maior das produções nesta sexta-feira (20). “Marumby” estreou na Capela Santa Maria em agosto após a recuperação das partituras originais do compositor curitibano Benedicto Nicolau dos Santos. Datada de 1928, trazia inúmeros símbolos paranistas, como o pinheiro, o morro Marumbi e a neve. Desde que estreou, Gehad Hajar, que d...

10 passos para apreciar uma ópera

Apaixonado por ópera, Gehad Hajar sugere como desfrutar adequadamente de um espetáculo 1. DISPOSIÇÃO. Esteja disposto e disponível a dedicar momentos à audição de uma peça operística. 2. CABEÇA ABERTA. Despeça-se de preconceitos e suposições acerca do gênero operístico. 3. EMOÇÃO. Uma das mais fortes características do gênero é sensibilizar. Fique aberto. 4. ARTE COMPLETA. A ópera tem em sua estrutura dramática três elementos primordiais: paixão, razão e imaginário. E para manifestar esses elementos, faz uso de todas as linguagens artísticas: canto, música, dança, artes plásticas e, atualmente, até o audiovisual. 5. ENTENDA. Saiba do que trata o libreto, quem é o compositor, a época, os fatores políticos, sociais e ambientais do período de composição. 6. AO VIVO. Prefira espetáculos presenciais aos gravados. 7. VOCABULÁRIO. Saber os principais termos da ópera – a maior parte em italiano – facilita a compreensão. 8. IDIOMA. Hoje os DVDs e récitas são acompanhadas por subtítulo...

Lançamento do I Festival de Ópera do Paraná - Flash Mob na Rodoferroviária de Curitiba

Flash mob de ópera na Rodoferroviária (Globo)

Fash Moob de Ópera na Rodoviária de Curitiba (SBT)

Apresentação de ópera na Rodoviária surpreende viajantes

Apresentação da Ópera Marumby, e montagem do grupo Guairacá no bloco estadual da Rodoferroviária. 30/10/2015 Foto: Levy Ferreira SMCS Quem passou pela Rodoviária de Curitiba nesta sexta-feira, véspera de feriado prolongado, foi surpreendido com apresentações da Ópera Marumby, opereta de costumes composta em 1928 por Benedito Nicolau dos Santos. Misturados ao público, portando malas e até criança no colo, integrantes da Guairacá Cultural arrancaram aplausos de quem estava esperando ônibus, comprando passagem ou se despedindo de amigos e parentes. Com produção da Guairacá Cultural, direção de Gehad Hajar e regência de Jaime Zenamon, a montagem de Marumby resgata uma relíquia histórica do sotaque musical do paranaense e dos costumes da época. A opereta estreou em 19 de dezembro de 1928 com vários trechos cortados pela chefatura de polícia de então e só foi apresentada na íntegra em agosto passado, na Capela Santa Maria. Na encenação, a Fada de Curytiba, sentada no frontispício do antigo...

Prefácio ao livro “João Sesmário, a Mula e as Aulas” de Velocino Fernandes

Prefácio Em nossas mãos, a mais nova e simpática obra do emérito professor Velocino Bruck Fernandes, pesquisador festejado nas plagas sulinas, reconhecido pelos estudiosos dos assuntos brasileiros e querido de todos os leitores. Após o sucesso galgado com “O Paraná é Assim” e “Assim é o Nosso Brasil”, também de sua lavra, este “João Sesmário, a Mula e as Aulas” traz o mesmo modelo já bem sucedido dos livros anteriores: escreve da forma mais difícil, a escrita com simplicidade. Fazendo-se de verdadeiro gaúcho - “aquele que guia semoventes”, isto é, tropeiro, pela tradição mourisca defendida por Manoelito de Ornellas (1903-1969) - professor Velocino guia-nos, como tropeiro que é, pelos pampas do saber nacional. João Sesmário, o curioso piá que aprende com o vovô, é a síntese d’alma que temos de cultivar, a alma de quem ama, divulga e se ufana do berço cultural que nasceu ou escolheu trilhar seu caminho. O professor Velocino empresta sua verve para Honório, avô de João, que ...

Vaivém ao romper de outubro (Margarita Sem Censura)

  Vaivém ao romper de outubro Postado por  Redação MSC  em setembro 30th, 2015 47891 Gehad Hajar vogou na Itália, hóspede em Cápua da curitibana Vilma Bieneck – neta do pintor Ludovico Bieneck, um dos melhores alunos de Andersen -, e seu marido napolitano Pietro Razzino. Posou com os amigos e fazendo-se de sátiro, entre os vapores do vulcão Solfara, que perfuma de enxofre Puzzuoli, a aldeia à beira mar onde nasceu Sofia Loren. Pietro é enólogo, especializado em cepas de uvas egípcias, as mesmas que enebriaram César diante de Cleópatra. Gehad Hajar encantou-se com Nápoles, onde esteve numa oficina de Ópera do renovado Teatro San Carlo, comeu sfogliatelle no café Gambrinus, jantou ao som de mandolinos no terraço do Caruso, restaurante do Albergho Vesuvio, diante do Castel del Uovo, na praia de Santa Luzia. Na Riviera de Chiaia, comprou enxoval de gravatas e lenços de seda italiana, Marinella, a casa fornecedora das gravatas da realeza no mundo. Visitou a Reggia di Caserta. ...

Opinião (Gazeta do Povo)

Em alta Aliás Curitiba, tem dado mostras de grande fôlego neste campo neste ano de 2015. Uma nova companhia segmento estreou com sucesso na cidade. Em agosto,  a produtora Guairacá Cultural montou a a opereta Marumby , composta na década de 1920 pelo compositor curitibano Benedito Nicolau dos Santos. E, para o mês de novembro, a mesma Guairacá programa um festival de ópera que vai tomar um fim de semana no Teatro Guaíra. Bravo. Bravíssimo. http://www.gazetadopovo.com.br/caderno-g/recital-com-greatest-hits-da-opera-foi-uma-otima-sacada-1uvbhk7gzxiey75egsuoap9sm

Opereta revela a Curitiba crítica de 1928 (Gazeta do Povo)

Montagem com orquestra, coro, atores e bailarinas recupera obra que exaltava a cultura local 26/08/2015   18h25   Helena Carnieri Texto publicado na edição impressa de 27 de agosto de 2015 Um apanhado do que era a sociedade curitibana no fim da década de 1920 poderá ser visto na estreia de “Marumby”, opereta da época que agora foi recuperada e terá apresentações nesta quinta-feira (27, com entrada franca), sexta e sábado (a R$ 20), na Capela Santa Maria. O projeto foi iniciado com a descoberta dos manuscritos originais do compositor Benedicto Nicolau dos Santos, em 2012. Desde então, o restauro e decodificação de partitura e libreto têm ocupado o maestro Jaime Zenamon e o produtor e diretor Gehad Hajar. “É o primeiro musical brasileiro”, aposta Zenamon, que é boliviano. Para Hajar, a beleza da obra passa pelo pioneirismo, já que Curitiba nunca havia produzido naquele 1928 uma opereta de costumes satírica, com críticas ao governo que, inclusive, caus...

Novos Espaços Culturais em Curitiba (e-paraná)

Matéria da e-cultura, sobre os três teatros da Guairacá Cultural: Teatro Cine Glóriah, e sua Escola de Artes, Teatro Rafael Greca e o Teatro Ittala Nandi.

Poder jovem, acreditem (Editorial da Gazeta do Povo)

Cidades brasileiras vivem uma espécie de renascimento protagonizado por movimentos juvenis Ainda ecoa uma das falas da então secretária da Criança e da Juventude, Thelma Alves de Oliveira, nos tempos que esse órgão existia: “O Brasil desiste dos seus jovens”. A declaração tem sabor profético. Pátria tida como cordial, o Brasil amarga uma contradição – a do pouco afeto que encerra àqueles brasileiros que serão o seu futuro. Diz-se isso sem sombra de bravata. Não existe país desenvolvido no mundo, ou que mereça este nome, que não tenha entre suas lides programas para aqueles que garantirão o amanhã. É óbvio, daí ser tão surpreendente nossos titubeios diante do assunto. Essa dúvida ainda há de nos cobrar caro, se é que já não cobra. Mal não faria se cada grande cidade mapeasse seus movimentos juvenis de espiritualidade laica Caberia falar das discussões em torno da adolescência e da juventude vulneráveis. Mas parte da população se encontra anestesiada, em posição de repúdio. Não ...