Depois de servir de locação para o cinema, o desativado Presídio do Ahú é um dos 70 espaços do Festival de Curitiba. Receberá, no Fringe, a peça Memórias Torturadas – A Ditadura e o Cárcere no Paraná, idealizada por Gehad Hajar. Atrás daquelas paredes, realmente havia presos políticos na década de 70. E, em outubro, o local passa a abrigar o Centro Judiciário Civil. “A plateia vê o início do espetáculo no pátio da antiga penitenciária, quando são convidados a imergir no edifício visitando as galerias”, antecipa Gehad Hajar , observando que entrar no Ahú é surpreendente e a intenção é despertar no espectador a sensação de perda da liberdade, ampliando o entendimento sobre a questão de ser preso político. A peça conta a história de um homem e seu filho menor de idade que repentinamente são levados ao Ahú e passam a ser torturados. Na minúscula cela, estão três outros personagens, ideólogos, que desenrolam conversas acaloradas, e muitas vezes fraternais, revelando in