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Mostrando postagens de abril, 2014

Enedina M., a nova bandeira black power

Excerto de José Carlos Fernandes.  Enedianas O benfeitor É de consenso entre os pesquisadores da vida de Enedina Alves Marques que seu maior benfeitor foi o major e delegado Domingos Nascimento Sobrinho. De acordo com relatos da neta de Domingos, a historiadora e professora aposentada Ezuel Hostins, 66 anos, afilhada de Enedina, o avô fazia diligências pelo interior e trazia gente para cumprir medidas na capital. Como morava no bairro do Portão, não raro os apreendidos faziam pernoite no casarão da família. Tempos depois, esses homens voltavam, pedindo ajuda a Nascimento. Esse vaivém deu ao major a fama de benfeitores de negros – uma espécie de Oscar Schindler da comunidade. O feito mais concreto foi ter mantido Enedina nos estudos, “pagando-lhe o bonde”, para que estudasse com Isabel, a única filha dentre os seis filhos de Domingos Nascimento. Quando morreu, em 1958, sua beneficiada era engenheira formada. Bebeca Apesar da grande amizade que uniu a negra Enedina e a branca

Mudança de nome dos bairros de Curitiba

Posicionamentos CONTRÁRIOS a mudança (comercial, mercadológica, imobiliária, colonizante, brega) dos bairros de Curitiba. Matéria da Rede Record, RICTV, de 28 de março de 2014.

O negro Turíbio e Gehad, o pardo (Gazeta do Povo)

Foto: Antonio More / Arte: Benett José Carlos Fernandes O líbano-brasileiro Gehad Ismail Hajar não vacilou na hora em que o pesquisador do IBGE lhe perguntou de que cor era. “Pardo”, disparou, com a naturalidade de quem devora uma esfiha do Baba Salim. Se raça é aquela com a qual cada um se identifica, não mentiu: é o “turco” mais mestiço da praça, como confirma sua jovem biografia. A ela. Gehad tinha 9 anos de idade quando sua mãe o “emprestou” para o desfile dos 300 anos de Curitiba, a pedido do então prefeito Rafael Greca. Representaria a comunidade árabe. Fez bonito, mas saiu da avenida com o juízo do avesso. Na casa de família, de tradição sunita, a língua era o libanês e se alimentava como se morasse em Khirbet Roûha. Na rua, tinha de falar português. Não deu outra: inventou de entender a que quintal pertencia de fato e acabou por se tornar quem é – um paranista versão 3.0. Assim falando, parece mentira. Gehad, de apenas 30 anos, soma duas décadas de pesquisador. Mal t