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Mostrando postagens de maio, 2016

Prefácio ao livro "O Poeta e a Nuvem Menina", de Isabel Sprenger Ribas

Temos por axioma o suspiro de Ferreira Gullar: A cidade está no homem, quase como a árvore voa, no pássaro que a deixa . Como desvendar as memórias da cidade que estão em nós, e quantas de nossas memórias hão de vagar pelas almas de nossos velhos caminhos, hoje agitadas ruas e avenidas? Na certeza que quem memora acaba agindo por resistência, a menina Isabel moradora da velha Rua do Rio, hoje avenida Mariano Torres, novamente hasteia barra do vestidinho de cambraia, para se aventurar em jornadas com a piazada no caudal do rio Belém, hoje canalizado sob a via. Muito querida – chamada de ‘ ovo de duas gemas’  por sua mãe – foi educada em sua casa pela saudosa professora Miraci Cardoso de Brito, coetânea de Helena Kolody no Instituto de Educação, que desde então aprendeu a valorar a memória e seu registro. Kolody, a grande mestra quem a jovem Isabel pediu para que escrevesse uma poesia para o namorado, aconselhou que ela própria transcrevesse o pulsar de seu coração em p