por Gehad Hajar
A atividade de compor para balé era considerada, até o século XIX, um ofício para pequenos e desconhecidos compositores, pois a atração principal é o bailado, e não a música propriamente dita. Tchaikovsky, curiosamente, tornou-se célebre justamente pelas composições para balé, que iniciou já no final da carreira.
A primeira foi justamente “O Lago dos Cisnes”, encomendado pelo Bolshoi, que só foi aceito pela necessidade financeira de Tchaikovsky e, também, pelo seu desejo de se aventurar pelo balé. Estudou os principais balés de então, especialmente “Gisele”, de Adolphe Adam (18013-1856), onde se encantou pelos leitmotivs (tema musical repetido frequentemente numa peça, associado a uma ideia ou a uma personagem) que passa a adotar neste balé e em seu próximo “A Bela Adormecida”.
Aproveitou alguns temas musicais já escritos e utilizados em peças anteriores, como de sua ópera “Voyevoda” (Um Sonho no Volga), de 1869, reutilizado como o famoso Grand Adage do segundo ato deste balé.
Foi desastrosa a estreia de 4 de março de 1877, quando focaram-se as críticas à música do balé, tendo os bailarinos afirmando ser impossível de dançar, e o público russo julgando-a barulhenta de mais.
Onze anos depois, começa a escrever “A Bela Adormecida” e, ano antes de morrer, em 1892, vê a estreia triunfal de “O Quebra Nozes” – mesmo que o próprio Tchaikovsky não tenha gostado muito do resultado final – que sedimentaram sua fama como compositor do gênero e incentivaram, dois anos após o falecimento do compositor, a remontagem deste primeiro e malsucedido ballet pelo Teatro Marinski de São Petesburgo.
Para tal, Riccardo Drigo (1846-1930) revisou a partitura original, suprimindo partes, alterando a tonalidades, mudando tempos, que fez da nova estreia, a 15 de janeiro de 1895, um retumbante sucesso que colocou “O Lago dos Cisnes” no repertório mundial, debaixo dos efusivos aplausos para os 32 fouettés da bailarina Pierina Legnani (1868-1930) no papel de Odete / Odile.
A atividade de compor para balé era considerada, até o século XIX, um ofício para pequenos e desconhecidos compositores, pois a atração principal é o bailado, e não a música propriamente dita. Tchaikovsky, curiosamente, tornou-se célebre justamente pelas composições para balé, que iniciou já no final da carreira.
A primeira foi justamente “O Lago dos Cisnes”, encomendado pelo Bolshoi, que só foi aceito pela necessidade financeira de Tchaikovsky e, também, pelo seu desejo de se aventurar pelo balé. Estudou os principais balés de então, especialmente “Gisele”, de Adolphe Adam (18013-1856), onde se encantou pelos leitmotivs (tema musical repetido frequentemente numa peça, associado a uma ideia ou a uma personagem) que passa a adotar neste balé e em seu próximo “A Bela Adormecida”.
Aproveitou alguns temas musicais já escritos e utilizados em peças anteriores, como de sua ópera “Voyevoda” (Um Sonho no Volga), de 1869, reutilizado como o famoso Grand Adage do segundo ato deste balé.
Foi desastrosa a estreia de 4 de março de 1877, quando focaram-se as críticas à música do balé, tendo os bailarinos afirmando ser impossível de dançar, e o público russo julgando-a barulhenta de mais.
Onze anos depois, começa a escrever “A Bela Adormecida” e, ano antes de morrer, em 1892, vê a estreia triunfal de “O Quebra Nozes” – mesmo que o próprio Tchaikovsky não tenha gostado muito do resultado final – que sedimentaram sua fama como compositor do gênero e incentivaram, dois anos após o falecimento do compositor, a remontagem deste primeiro e malsucedido ballet pelo Teatro Marinski de São Petesburgo.
Para tal, Riccardo Drigo (1846-1930) revisou a partitura original, suprimindo partes, alterando a tonalidades, mudando tempos, que fez da nova estreia, a 15 de janeiro de 1895, um retumbante sucesso que colocou “O Lago dos Cisnes” no repertório mundial, debaixo dos efusivos aplausos para os 32 fouettés da bailarina Pierina Legnani (1868-1930) no papel de Odete / Odile.