O preconceito de que jovens não se interessariam por cultura e espetáculos de bom padrão é falho e falso; basta existir oferta que haverá demanda Já se disse que ópera é o “espetáculo total”; unindo música, canto, literatura, cenografia, atuação, balé e até mesmo filosofia na forma de representação de um drama ou comédia. Nascida no fim do século 16 em Florença, como releitura de tragédias gregas encenadas com o uso de recursos musicais, o termo “ópera” (italiano para “obra”) passou, em seguida, a ser o nome genérico do teatro musical, em que o texto é falado ou cantado com acompanhamento musical. Há uma certa visão de que este seria um gênero de arte ultrapassado e apreciado apenas por esnobes. Nada mais longe da realidade: não chegando ao extremo do que ocorre na Itália – onde multidões de todas as classes sociais superlotam os teatros e cantam com o coro, aplaudem com entusiasmo bons desempenhos e vaiam impiedosamente qualquer deslize –, a ópera está viva, cada vez mais viva. Está a