Festival de Curitiba utiliza teatros privados e dá a eles experiência que deve se refletir no futuro das salas
Teatro Ittala Nandi ficará pronto em julho, mas já recebeu espetáculos durante o festival.
A cada edição do Festival de Teatro, surgem novos espaços na grade que ganham um gás com a circulação promovida pelo evento. Neste ano, há exemplos de locais particulares que vislumbram carreira promissora.
Inaugurado em meados do ano passado, o Teatro Cine Glóriah (antigo Teatro Reikrauss), na Praça Tiradentes, recebe a mostra da carismática companhia Vigor Mortis, com três espetáculos. São 226 lugares e 17 metros de boca de cena, características desejáveis para receber grandes produções.
O responsável, Gehad Hajar, está abrindo mais duas salas na Rua São Francisco. “Cansei de ficar na mão de produtores e de depender de leis de incentivo”, contou à Gazeta do Povo.
Disposto a capitanear produções de forma independente, ele ainda colocou à disposição do festival as duas novas salas de um imóvel no Centro da cidade.
O espaço Ittala Nandi [a atriz homenageada foi professora de Hajar], com 120 lugares, que será inaugurado em junho com o evento Curitiba Mostra, de Nena Inoue, faz seu “soft opening” com 15 peças. “O festival precisava de espaço”, explica. Colocar o local em funcionamento antes da abertura oficial também serve para verificar possíveis necessidades de ajuste.
Já a sala Rafael Greca, de 42 lugares, que ficou pronta em março, testou o espaço com um espetáculo "A Beira Do...", de Christiane de Macedo.