Pular para o conteúdo principal

Bullying (Revista Supra Ensino, ano 17, nº 190, fev. 2012)




Linha muito fina separa brincadeiras entre alunos do bullying no ambiente escolar.

Apelidos,brincadeiras, disputas por notas, preconceito e intimidação.Como pais,professores e diretores podem identificar quando essas brincadeiras passam do limite e podem ser considerados bullying? Muito se discute atualmente sobre o tema.

Pesquisadores,psicólogos e pedagogos buscam conhecer e conscientizar famílias e instituições de ensino,a fim de amenizar e conseqüentemente abolir do ambiente escolar esse tipo de comportamento socialmente destrutível, tanto para quem sofre quanto para quem pratica.
Bullying é uma patologia social,identificada por qualquer atitude agressiva e repetitiva,sem motivação,ocorrida em ambiente escolar.Essas atitudes podem ser agressões físicas,verbais ou sociais.Praticadas por meninos e o isolamento social mais comum entre meninas.” Um apelido se pronunciado apenas uma ou duas vezes pode ser apenas uma ofensa,ou quando é uma alcunha consentida pela vitima não podem ser tipificadas como Bullying,pois para tal deveria ser uma pratica agressiva repetitiva e indesejada pelo agredido”, completa Gehad Ismail Hajar pedagogo e pesquisador na Universidade Federal do Paraná.
Cada ser humano possui um limite, sendo capazes de suportar diferentes níveis de piadas, talvez por isso alguns educadores tenham dificuldade em identificar que possam ter passado do limite.Porem é necessário compreender e possível de reconhecer que em brincadeiras todos os envolvidos são inseridos e se divertem.Já no caso do bullying, o autor se diverte e o alvo se envergonha ou se entristece.A orientadora educacional do Colégio Vilas Boas Marprates explica que o uso do apelido pejorativo é uma agressão,porém ressalta que todo bullying é uma agressão física ou moral deve apresentar algumas características como a intenção do autor em ferir o alvo e a repetição da agressão. “ A presença de um público espectador e a concordância do alvo com relação à ofensa”, também é necessário, completa a pedagoga.

Para as vitimas, as conseqüências desses comportamentos vão desde dificuldades de aprendizado até isolamento social, podem se agravar e afetar inclusive a sua saúde mental.Variando de acordo com a predisposição genética, estrutura e vivencia de cada individuo, no entanto é possível identificar alguns comportamentos em comum. “ Todas as vítimas que sofrem com os ataques de bullying mostram-se geralmente tristes,deprimidas,aflitas e isolam-se,e muitas levarão marcas para a vida social e necessitarão de apoio psiquiátrico ou psicológico para a superação do problema”, declara o pesquisador Gehad.

A especialista e escritora de diversos livros sobre bullying, Cléo Infante explica que mesmo sendo uma forma de violência tão antiga quanto á própria escola, atualmente o assunto vem sendo debatido em exaustão.” Nunca se falou tanto em bullying como nos últimos tempos e sem duvida,o problema é extremamente preocupante e deve ser debatido nas diversas esperas e á luz de diversas ciências.”, explica a também idealizadora do programa antibullying Educar para a Paz.Porem ela ressalta que cada vez mais crianças e adolescentes continuam a se envolver nessa situação, que muitas vezes parece sem solução.

Pais e professores precisam ficar atentos a sinais recorrentes nas vitimas de bullying, que muitas vezes deixam de contar o problema que tem sofrido por medo de represálias e novos ataques.” O estudante vitima do assedio escolar tem comportamentos bruscos, que não tinha anteriormente,stress,baixa imunidade com a presença de dores pelo corpo, insônia, falta de apetite ou apetite voraz, vômitos, pânicos, ataques de choro”, cita o pedagogo.Gehad Ismail Hajar.

O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully cujo significado é valentão, brigão.Podemos entender como ameaça,tirania,pressão,intimidação,humilhação e maltrato.São atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos,praticados por um individuo causando dor e angustia,exercida em uma relação desigual de poder.

Postagens mais visitadas deste blog

Curitiba já foi capital do Brasil e é mais antiga do que se imagina (Matéria do Jornal Comunicação On-line - UFPR)

Pesquisadores revisitam a história da cidade e apontam fatos históricos desconhecidos pela população Reportagem: Felipe Nascimento Edição Renata: Portela Responda a seguinte pergunta: quais cidades foram capitais do Brasil? Um bom estudante de história responderia Salvador, Rio de Janeiro e Brasília. Mas o que poucos sabem é que Curitiba já foi oficialmente capital brasileira. Esse é somente um dos fatos históricos pouco conhecidos sobre a cidade apontados por dois pesquisadores da história do Paraná. Gehad Hajar, membro do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná, é um desses pesquisadores.  Ele está realizando a pesquisa “Curitiba: de povoado à capital do Brasil”, que deverá ser lançada em livro no segundo semestre de 2011. A cidade foi capital federal entre 24 e 27 de março de 1969, época em que vigorava a ditadura militar. De acordo com o pesquisador, a mudança foi por uma questão propagandística. “Curitiba era uma das capitais brasileiras que não

Apresentação do livro "Monumentos de Curitiba" - 2° edição

Apresentação Há muito sentia-se falta de um inventário do patrimônio artístico e cultural nos logradouros e próprios públicos do Município de Curitiba.  Ei-lo: Monumentos de Curitiba, nossa pesquisa de mais de uma década, em que corremos a campo, percorrendo ruas, praças e prédios a fim de elencar, catalogar e fotografar as hermas, bustos, placas, monólitos, estátuas, fontes, repuxos, relógios, árvores preservadas, monumentos, obras de arte, enfim, tudo que esteja exposto publicamente e agregue valores culturais e históricos à memória da cidade.  No afã de ajudar em futuros estudos, restaurações, reposições, manutenções e análises, as fichas tendem a trazer informações mínimas, padronizadas e necessárias, acompanhadas de fotos dos principais bens. Nossa coleção pública é valiosa. Temos desde o monólito do séc. XVII de posse portuguesa sobre este território, na praça Tiradentes; a última argola de atracamento de cavalos do séc. XVIII, na rua de São Francisco; o primeiro

Vida e obra de Gehad Hajar (e-cultura)