Apelidos,brincadeiras,
disputas por notas, preconceito e intimidação.Como pais,professores e
diretores podem identificar quando essas brincadeiras passam do limite e
podem ser considerados bullying? Muito se discute atualmente sobre o
tema.
Pesquisadores,psicólogos
e pedagogos buscam conhecer e conscientizar famílias e instituições de
ensino,a fim de amenizar e conseqüentemente abolir do ambiente escolar
esse tipo de comportamento socialmente destrutível, tanto para quem
sofre quanto para quem pratica.
Bullying
é uma patologia social,identificada por qualquer atitude agressiva e
repetitiva,sem motivação,ocorrida em ambiente escolar.Essas atitudes
podem ser agressões físicas,verbais ou sociais.Praticadas por meninos e o
isolamento social mais comum entre meninas.” Um apelido se pronunciado
apenas uma ou duas vezes pode ser apenas uma ofensa,ou quando é uma
alcunha consentida pela vitima não podem ser tipificadas como
Bullying,pois para tal deveria ser uma pratica agressiva repetitiva e
indesejada pelo agredido”, completa Gehad Ismail Hajar pedagogo e
pesquisador na Universidade Federal do Paraná.
Cada
ser humano possui um limite, sendo capazes de suportar diferentes
níveis de piadas, talvez por isso alguns educadores tenham dificuldade
em identificar que possam ter passado do limite.Porem é necessário
compreender e possível de reconhecer que em brincadeiras todos os
envolvidos são inseridos e se divertem.Já no caso do bullying, o autor se
diverte e o alvo se envergonha
ou se entristece.A orientadora educacional do Colégio Vilas Boas
Marprates explica que o uso do apelido pejorativo é uma agressão,porém
ressalta que todo bullying é uma agressão física ou moral deve
apresentar algumas características como a intenção do autor em ferir o
alvo e a repetição da agressão. “ A presença de um público espectador e a
concordância do alvo com relação à ofensa”, também é
necessário, completa a pedagoga.
Para as
vitimas, as conseqüências desses comportamentos vão desde dificuldades
de aprendizado até isolamento social, podem se agravar e afetar
inclusive a sua saúde mental.Variando de acordo com a predisposição
genética, estrutura e vivencia de cada individuo, no entanto é possível
identificar alguns comportamentos em comum. “ Todas as vítimas que
sofrem com os ataques de bullying mostram-se geralmente
tristes,deprimidas,aflitas e isolam-se,e muitas levarão marcas para a
vida social e necessitarão de apoio psiquiátrico ou psicológico para a
superação do problema”, declara o pesquisador Gehad.
A especialista e escritora de diversos livros sobre bullying, Cléo Infante explica que mesmo sendo uma forma de violência
tão antiga quanto á própria escola, atualmente o assunto vem sendo
debatido em exaustão.” Nunca se falou tanto em bullying como nos últimos
tempos e sem duvida,o problema é extremamente preocupante e deve ser
debatido nas diversas esperas e á luz de diversas ciências.”, explica a
também idealizadora do programa antibullying Educar para a Paz.Porem ela
ressalta que cada vez mais crianças e adolescentes continuam a se
envolver nessa situação, que muitas vezes parece sem solução.
Pais
e professores precisam ficar atentos a sinais recorrentes nas vitimas
de bullying, que muitas vezes deixam de contar o problema que tem
sofrido por medo de represálias e novos ataques.” O estudante vitima do
assedio escolar tem comportamentos bruscos, que não tinha
anteriormente,stress,baixa imunidade com a presença de dores pelo corpo,
insônia, falta de apetite ou apetite voraz, vômitos, pânicos, ataques
de choro”, cita o pedagogo.Gehad Ismail Hajar.
O
termo bullying tem origem na palavra inglesa bully cujo significado é
valentão, brigão.Podemos entender como
ameaça,tirania,pressão,intimidação,humilhação e maltrato.São atos de
violência física ou psicológica, intencionais e repetidos,praticados por
um individuo causando dor e angustia,exercida em uma relação desigual
de poder.