Segundo especialistas, não há idade específica para desenvolver a doença. Foto: Vanessa Lemes |
Androgênica masculina e feminina, de tração e areata são alguns dos tipos de alopecias que existem. Não há idade específica para desenvolver a doença, porém, segundo a dermatologista Cristiane Braga, quanto mais cedo se apresentam os sintomas mais grave é. Por exemplo, uma menina de treze anos que apresenta sintomas de alopecia terá um desenvolvimento mais acentuado da doença do que uma senhora na pós-menopausa, onde os sintomas são mais amenos.
Presente na maior parte das vezes em homens, segundo Chaves, mais precisamente em 50% do sexo masculino, a alopecia androgênica é classificada como uma alopecia não-cicatricial, pois não deixam atrofias ou cicatrizes no local afetado. “Esse tipo de alopecia é tão comum que, na maioria dos casos, deve ser encarada mais como uma característica física do que como doença”, declara. Ele complementa que ao menos 80% dos homens apresentarão sintomas aos 70 anos de idade.
A perda de cabelo na parte da frente da cabeça e a formação de ‘entradas’ na lateral são características que afetam os homens com alopecia androgênica, geralmente depois dos 50 anos. Porém, o processo é acelerado no caso de as características já terem se desenvolvido bem cedo, na juventude. “A evolução é mais rápida e a calvície tende a atingir quase todo o couro cabeludo, poupando somente as têmporas, localizada na região inferior e lateral da cabeça”, explica Chaves.
Para a vítima da doença, essa situação pode não ser tão fácil de aceitar. É o caso do ator Gehad Hajar que começou a reparar os sintomas quando tinha 18 anos de idade. Onze anos se passaram, e ele continua tomando remédios e tratando sua alopecia. Essa situação o incomoda por causa da sua profissão. “Ator ou é careca ou não é, não existe meio termo. A questão nem é se sentir feio ou bonito, e sim o padrão que é imposto devido ao trabalho”, declara.
Em casos que atingem o sexo feminino, há uma diminuição dos cabelos na parte frontal da cabeça, no ‘teto’ do crânio, inclusive o afinamento dos fios. Chaves alerta que é necessário verificar a presença de distúrbios menstruais, infertilidade, crescimento excessivos de pelos em áreas que são comuns em homens, acne, obesidade e diabetes, para que se possam diagnosticar outros distúrbios que estão associados a esta doença.
Movimentos repetitivos através de chapinhas ou tranças que puxam muito o cabelo, podem enfraquecer o folículo e desenvolver a alopecia de tração. O folículo fica frágil devido às puxadas para fazer os penteados, alisamentos e outros procedimentos. Cristiane detalha que este tipo de alopecia é muito comum em pessoas negras na faixa etária de 30 a 40 anos por apresentarem o hábito de utilizarem penteados que tencionam o cabelo.
A alopecia areata, popularmente conhecida como pelada, se apresenta em locais como barbas e cabelos, áreas redondas e ovais em que há a ausência de pelo ou cabelos. “Se a doença se desenvolver até os cinco anos de idade, ela foi adquirida geneticamente. Mas, se for desenvolvida mais tarde, então o problema apresentado tem outros motivos”, explica Cristiane. Esse tipo de alopecia pode ser associado com doenças da tiroide, bem como alergias respiratórias, vitiligos e alergia na pele. Mario informa que cerca de 2% da população, tanto homens como mulheres, são atingidos por esse tipo de alopecia.
A historiadora carioca Patrícia Costa, 44, descobriu que tinha alopecia areata em fase inicial, no fim de 2011. Por achar bonito o estilo ‘careca’, desde 2010 começou a raspar a cabeça um dia sim e outro não. Mas um dia resolveu deixar o cabelo crescer, e percebeu quem em alguns pontos de sua cabeça, os fios já não cresciam. Em determinada época, Patrícia também já havia perdido as sobrancelhas. (...)
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