Valorizado imóvel, ao lado do cinco estrelas Hotel Mabu, na praça Santos Andrade, virou mocó, abrigo de moradores de rua, mesmo com o piso de granito, e paredes de cristal, em endereço nobre.
Já não existe o nosso Cine Luz – antes operado pela Fundação Cultural de Curitiba – propositalmente abandonado a pretexto de uma interdição dos bombeiros – pretexto já alegado no fechamento da Pedreira e seu fabuloso espaço para shows.
O espaço cultural, usado como sala de treinamento de professores da rede municipal de ensino, e exibição de filmes de arte, frequentado pelos curitibanos.
Deve agora ser vendido pela Prefeitura, que já pediu autorização para as excelências da Câmara Municipal. A alienação tem teto de R$1,2 milhão. Não será pouco? Quem vai ganhar com isso? O local não deveria voltar a funcionar como espaço cultural? Voltar a ser cinema? Ou quem sabe um teatro?
Falam em usar o dinheiro para instalar um novo cinema na rua do Riachuelo esquina com Carlos Cavalcânti. Tudo parece mais uma operação de privataria voltada à especulação imobiliária, com redução dos espaços públicos de cultura, arte e educação.
Gehad Hajar escreve: a região da Praça Santos Andrade é considerada por nós, produtores, como “um complexo de salas de espetáculos”. Além do Guaíra com seus três auditórios, há o teatro da caixa, a capela Santa Maria, o auditório do Círculo de Estudos Bandeirantes, o teatro da Reitoria, a dezena de anfiteatros da UFPR e mais quatro teatros particulares naquela altura, na rua 13 de maio. Não há motivo para retirar o Cine Luz deste meio. A Riachuelo comportaria bem o também fechado Cine Ritz.
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