Cultura é economia criativa – diz Fernandinha Torres. Isto se confirma na perseverança de Manoos Aristides. O produtor cultural e destemido cineasta,hoje com 64 anos, levou dez anos para realizar seu seriado A Saga. Finalmente o trabalho será exibido em rede nacional pela TV Brasil. Contrato assinado, Manaos comemora.
A obra mostra como da terra vermelha brotou sangue, à época da abertura de caminhos, derrubada da mata, luta com índios, conquista e ocupação do oeste do Paraná. Desde a descoberta das Cataratas do Iguaçu, em 1542, pelo conquistador espanhol Alvar Nuñez Cabeza de Vaca, passando pela epopeia da Coluna Prestes, até a revolta dos posseiros do Sudoeste e a consolidação das cidades do oeste do Paraná, da Foz do Iguaçu de 1920 até Marechal Cândido Rondon e Cascavel entre 1950 e 1965.
A narrativa e a interligação dessas épocas distintas é feita pelo personagem padre Germano, interpretado por Valdir Fernandes. O ator Roberto Bomtempo dá vida ao governador espanhol Cabeza de Vaca.
Emílio Pita, Claudete Pereira Jorge, Cláudio Ribeiro, Amilton Júnior, Gehad Hajar , Juliana Valiatti, Carlos Villas Boas e Helena Portela entre os atores que aparecem nas fotos deste post.
Veja cenas aqui, vale o clique.
Nesses 10 anos de filmagens, trabalharam em A Saga exatamente 4.010 pessoas entre atores, figurantes, cenógrafos,maquiadores, cabeleireiros, produtores, fotógrafos, operadores de som e de câmeras, iluminadores. Foram investidos mais de R$ 2 milhões.
Sem recursos, Manaos Aristides fazia convênios em municípios paranaenses para as locações. O apoio era trocado por oficinas culturais nas cidades. Nestas oficinas aproveitava para recrutar jovens atores e figurantes.
Dezessete municípios paranaenses aceitaram receber filmagens de A Saga. Entre estes Cascavel, Foz do Iguaçu e Marechal Cândido Rondon, onde chegaram a ser construídas cidades cenográficas em tábuas e ripas de pinho, com ruas de terra vermelha.
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